DIMINUI TAXA DE TRANSMISSÃO VERTICAL DO VÍRUS DA AIDS
A queda é resultado das políticas de prevenção para mulheres em idade fértil adotadas pelo Ministério da Saúde
A taxa de transmissão vertical do HIV, que representa a porcentagem
de infecção da mãe para o bebê, vem apresentando redução gradativa. Em
1997 essa porcentagem foi de 16%, ou seja, para cada 100 crianças
nascidas de mães com HIV, 16 foram infectadas. Em 2000, a mesma taxa
caiu para 8,6% e, em 2004, para 6,8 %. Como consequência, a incidência
de aids em menores de cinco anos - que em 2000 era de 5,4 casos por 100
mil habitantes - diminuiu para 3,0 casos por 100 mil habitantes, em
2009.
Embora a média nacional da incidência de aids em crianças de zero a
cinco anos apresente queda significativa, ainda é necessária atenção
especial às Regiões Norte e Nordeste, onde foi registrado aumento. Em
2000, no Nordeste, essa taxa era de 1,4 por 100 mil habitantes, passando
para 2,3 em 2009. Na Região Norte, passou de 1,9 (em 2000) para 4,0
por 100 mil habitantes em 2009. Entre os anos de 2000 e 2009, foram
registrados em todo o país 54.218 casos de gestantes soropositivas,
sendo que, desse total, 75,6% se concentram nas Regiões Sul e Sudeste.
A meta do governo brasileiro é reduzir a transmissão vertical do HIV
para menos de 2% em todo o país, até 2015. Para atingir este objetivo, o
Ministério da Saúde incluiu no Pacto pela Saúde, em 2006, a redução da
mortalidade materno-infantil, sendo uma das prioridades a diminuição das
taxas de transmissão vertical do HIV e da sífilis.
A prevenção da infecção pelo HIV nas mulheres em idade fértil, o
conhecimento precoce do estado sorológico e o tratamento adequado são as
principais estratégias dessa medida. “O diagnóstico no início da
gestação possibilita o efetivo controle da infecção materna e a
consequente diminuição da transmissão vertical”, observa o diretor do
Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde,
Dirceu Greco. Segundo ele, o teste anti-HIV deve ser sempre oferecido,
com aconselhamento pré e pós-teste, a todas as gestantes na primeira
consulta, independentemente de sua situação de risco.
Pré-natal
Dados do Sistema de Informação
Ambulatorial do SUS mostram aumento no número de consultas no pré-natal.
Em 1995, a média era de 1,2 consultas para cada parto realizado no SUS.
Em 2007, foram 5,7 consultas. No estudo Sentinela Parturiente realizado
em 2006 - com base em dados do cartão pré-natal - 96,5% das mulheres
avaliadas fizeram, pelo menos, uma consulta de pré-natal. Na Região
Centro-Oeste este percentual foi de 98%; nas Regiões Norte e Sudeste, de
97%; na Região Sul, de 96% e no Nordeste, de 95%.
Já a cobertura de testagem para o HIV foi de 46% na Região Norte, 41%
no Nordeste, 74% no Sudeste, 86% no Sul e 70% no Centro-Oeste. Os
percentuais demonstram a necessidade de melhor acesso ao diagnóstico,
principalmente nas Regiões Norte e Nordeste.
Rede Cegonha
Em 2010, o Governo Federal lançou a
“Rede Cegonha”, um conjunto de medidas para garantir a todas as
mulheres, no Sistema Único de Saúde, assistência adequada, segura e
humanizada desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o
parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.
As inúmeras ações que estão sendo adotadas pelo governo brasileiro,
na avaliação de Dirceu Greco, irão contribuir para o país chegar à meta
de 2% de transmissão vertical. Entre as iniciativas, o diretor cita a
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - desenvolvida
em parceria com outros órgãos de governo - e o Plano Integrado de
Enfrentamento da Feminização do HIV/Aids e outras DST, em parceria com a
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
O Plano Integrado de Enfrentamento tem como objetivo a implementação
de ações por parte dos governos federal, estaduais e municipais para a
promoção da saúde sexual e reprodutiva, a prevenção, o diagnóstico e o
tratamento das doenças sexualmente transmissíveis e o HIV/aids.
Agora os Serviços devem ser voltados também para a prevenção da transmissão vertical da Sífilis, que por ser uma infecção de fácil tratamento os profissionais de saúde não estam dando a devida importância e atenção. Essa falta de atenção deixa uma infecção de fácil diagnóstico e tratamento se alastrar as vezes de forma sem controle e ordenada. (autor do blog)
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