terça-feira, 4 de outubro de 2011

Tuberculose no Brasil e no Mundo. Conhecendo um pouco mais!!!!!

TUBERCULOSE

Em 1993, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a tuberculose (TB) como emergência mundial, devido ao recrudescimento da doença principalmente em países desenvolvidos, permanecendo como a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos. Segundo estimativas da OMS, um terço da população mundial, está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis em risco de desenvolver a doença.

O Brasil ocupa o 19º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. A OMS considera que o Brasil detectou 86% de seus casos novos em 2009, segundo dados do SINAN/MS, anualmente notificam-se no Brasil aproximadamente 85 mil casos de TB sendo que, destes, 71 mil são casos novos. Morrem cerca de 4.800 casos de TB no país ao ano.

As metas internacionais estabelecidas pela OMS e pactuadas pelo governo brasileiro são de descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85%. A tuberculose ainda é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. Está intimamente ligada à pobreza e à má distribuição de renda, além do estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes. O surgimento da epidemia de AIDS e o aparecimento de focos de tuberculose multirresistente agravam ainda mais o problema da doença no mundo.

O Ministério da Saúde lançou, em 1996 o Plano Emergencial para o Controle da Tuberculose,  recomendando a implantação da Estratégia do Tratamento Diretamente Observado (DOTS) para o controle da Tuberculose no Brasil, sendo formalmente oficializado em 1999 por intermédio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). Esta estratégia continua sendo uma das prioridades para que o País atinja a meta de curar 85% dos doentes, diminuindo a taxa de abandono a menos de 5%, evitando o surgimento de bacilos resistentes e possibilitando um efetivo controle da tuberculose no país.

Os cinco elementos da estratégia DOTS são:

• compromisso político com a implementação e sustentabilidade do programa de controle da tuberculose;

• detecção de casos, por meio de baciloscopia de escarro, entre sintomáticos respiratórios da demanda dos serviços gerais de saúde;

• tratamento padronizado, de curta duração, diretamente observado e monitorado quanto
à sua evolução, para todos os casos com baciloscopia de escarro positiva;

• provisão regular de medicamentos tuberculostáticos;

• sistema de informação que permita avaliar a detecção de casos, o resultado do tratamento de casos individuais e o desempenho do programa.

Além da adoção da estratégia de tratamento diretamente observado, o governo brasileiro reconhece a importância de horizontalizar o combate à TB, estendendo-o para todos os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, visa à integração do controle da TB com a atenção básica, incluindo o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e a Estratégia de Saúde da Família (ESF) para garantir a efetiva ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento. Além disto, enfatiza a necessidade do envolvimento de organizações não governamentais (ONG`s) e de parcerias com organismos nacionais (Universidades, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e internacionais de combate à TB. Por intermédio destas colaborações e parcerias, o PNCT visa o sinergismo e multiplicação do impacto de suas ações de prevenção e controle da TB.


Fonte Manual de Tuberculose do Ministerio da Saude.

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